segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Paciência, uma virtude de poucos

Paciência: virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente em ter tolerância a erros ou fatos indesejados.

Paciência

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"...E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" aonde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você? Aonde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire... Acalme-se...

O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

(Arnaldo Jabor)

Obs: texto para tentar exercitar a MINHA paciência.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A ideia de As Crônicas de Nárnia


Durante a Segunda Guerra Mundial, quando tinha 41 anos, C. S. Lewis acolheu em sua casa quatro crianças de Londres e, para ser gentil com elas, rascunhou o início de uma história sobre quatro irmãos — Ann, Martin, Rose e Peter — que saíram da capital, por causa dos bombardeios, e ficaram provisoriamente na casa de um velho professor. Em outro momento, uma dessas crianças lhe perguntou se havia algo atrás do velho guarda-roupa, herança de família, onde Lewis e seu irmão se escondiam quando garotos e contavam histórias.

Naquela época, Lewis já era conhecido por suas obras de apologética cristã e ficção — o Regresso do Peregrino foi a primeira ficção, publicada em 1933, seguida pela Trilogia Espacial, Cartas do Diabo ao seu Aprendiz e O Grande Divórcio.

No verão de 1948, Lewis comentou vagamente para Chad Walsh, um amigo americano que estava lhe fazendo uma visita, que havia começado a escrever um livro para crianças semelhante aos de E. Nesbit. Em março de 1949, Roger Lancelyn Green, colega de estudos e autor de As Aventuras de Robin Hood, leu os dois primeiros capítulos de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa e o motivou a prosseguir na história. As crianças receberam outros nomes, eram Lucy, Edmund, Susan e Peter. Nárnia surgiria dos estudos clássicos em Oxford, da antiga cidade italiana chamada Narnia e possivelmente de um texto renascentista intitulado Lucia von Narnia. Já o Leão Aslam ainda não existia: “Eu não sei de onde veio o Leão ou a que veio, mas uma vez que estava lá, ele puxou consigo toda a história”, confessou Lewis.

C. S. Lewis dedicou o primeiro livro a Lucy Barfield, sua afilhada e filha de um grande amigo (Owen Barfield), e também lhe homenageou emprestando seu nome à personagem mais carismática dos irmãos Pevensie. O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa foi publicado em 1950, com ilustrações de Pauline Baynes — mesma ilustradora de J. R. R. Tolkien (O Senhor dos Anéis).

No mesmo ano, iniciou uma segunda história chamada Drawn into Narnia, que mudou para A Horn in Narnia, até chegar ao nome Prince Caspian (Príncipe Caspian), título sugerido por seu editor. Lewis levou seis meses para escrevê-la e foi publicada em 1951.

Quando terminou A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952), Lewis tinha a convicção de que seria a última história dessa série. Percebeu, porém, que havia mais a ser contado e escreveu A Cadeira de Prata (1953), que era uma sequência à história anterior.

O Cavalo e seu Menino (1954), que relata uma história ocorrida após O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, levou apenas três meses para ser escrita e foi dedicada aos seus enteados, David e Douglas Gresham.

Os dois últimos livros da série foram escritos na mesma época contando a origem de Nárnia, em O Sobrinho do Mago (1955) e seu fim, em A Última Batalha (1956), originalmente chamada The Last King of Narnia ou Night Falls on Narnia. Este último livro recebeu a Medalha Carnegie, um dos maiores prêmios de excelência em li-teratura.

A série terminou de ser escrita em maio de 1954. Roger Lancelyn sugeriu que fosse chamada As Crônicas de Nárnia; Lewis gostou e publicou com esse nome.

Desde o lançamento, foram vendidos mais de 120 milhões de cópias em 41 idiomas.

Após Nárnia, Lewis ainda escreveu outras cinco obras de ficção, além de outras dezenas de títulos de não ficção. Em 2009 foi descoberto um rascunho de um livro intitulado Language and Human Nature que estava escrevendo com Tolkien.

Trecho do livro Manual da Viagem do Peregrino da Alvorada.

Obs: Faltam dois meses para o filme =)